segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O tempo passou e levou tudo com ele. Mudei. Não estou como estava. Ela se foi com ele, e não me dói dizer isso. Que mudança, não? Canso de dizer que estou cansada, será que as pessoas não entendem isso? O texto é o mesmo, o que muda são os atores e suas interpretações. E esse texto, eu sei de cór e salteado. "Eu também sou insegura... Não quero me apegar... Mas eu gosto tanto de você...", não me venha com essa ladainha, papinho enrolador, tocador de fita, eu não quero ouvir. Cansei de palavras, e palavras, e apenas palavras. Eu, como boa amante da escrita, sei o seu poder. Elas não devem ser jogadas assim, sem significado, só jogadas. São como flechas, vão e não voltam, o alvo as absorve e armazena. Seu alvo foi certeiro, me atingiu em cheio, ainda está tudo guardado aqui. Me considero um grande arquivo, guardo minhas memórias, há sempre o que aprender, não repita o motivo das suas lágrimas. Lembranças não devem ser doloridas, o que dói a gente joga fora, comigo eu só quero coisas boas, o que me fez crescer e ser o que sou. Hoje. Assim como tempo, eu estou em constante mudança. Amanhã já não serei a mesma de hoje, algo terá sido acrescentado, ou tirado. Depende do que o tempo agarrar, depende do que o vento me trouxer.

_Larissa A.

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