sexta-feira, 27 de junho de 2014

Me ausentei, não só daqui, do meu mundo, de mim. Fui prum lugar desconhecido, com a expectativa de me conhecer. Larguei tudo, o mundo e o fundo, me deixei fluir por entre a brisa da noite e a luz do luar. Com os olhos vendados, cega por desilusões enxerguei um novo mundo, sim é ali que eu quero florescer. Criar raízes, crescer e evoluir, ali.
Fiquei um tanto quanto surpresa, a forma com que as coisas fluíram foi muito diferente, algo que nunca senti antes. Eu fui levada, flutuei sendo guiada por um timbre irreconhecível. Após ter jogado a toalha da esperança, ter ignorado todas as suplicas da carência, um som suave porém grave vez a confiança tomar conta de mim, e agora é ela quem toma.
As coisas tomaram um rumo que eu jamais imaginei, não estava nos meus planos me desvincular de tudo, arrancar minhas raízes e seguir. Sem olhar pra trás, sem temer o que está por vir. Encontrando as peças por esse labirinto vou me montando; não estou nem na metade. O tempo está do meu lado, eu não tenho pressa, tudo em seu tempo; no nosso tempo.
Olhar para o lado e ver que não estou sozinha me faz mais confiante, seguro a sua mão, sei que posso atravessar o mundo e que nada me derrubará. Nada nos destruirá, há força demais aqui. Eu lhe darei as minhas se for preciso, sem pensar. Estamos aqui. E merecemos pelo menos uma vez sorrir sem temer a lagrima.

_Larissa A.  

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