quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A casa esta silenciosa, não se ouvi um piu. Ouço jogar suas chaves sobre a mesa de vidro, joga sua bolsa no sofá. O silencio é tão grande que consigo ouvir seus passos. Estou sentada numa cadeira em seu quarto, com as penas abertas, cotovelos apoiados nas coxas e corpo curvado pra frente. Com uma lingerie preta, unhas vermelhas, cabelo solto e um pouco bagunçado. Quando abre a porta e se assusta ao me ver, sorrio. Umedeço lentamente os lábios. Te chamo com  o dedo indicador, e um sussurro: "— Vem cá... senta aqui.". Você vem andando lentamente, enquanto eu levanto. Nos penetramos com os olhos.
— O que você inventou dessa vez? - diz você me segurando pela cintura, e beijando meu pescoço.
— Senta...
Você senta, após inúmeras tentativas de me beijar, todas em vão. Dou play na musica, e fico te olhando de longe. Você se ajeita na cadeira, e bate em seu colo. Sorrio balançando a cabeça negativamente. Me aproximo lentamente e chego no exato momento em que a introdução da musica acaba. Sento em seu colo de frente pra você, envolvo meus braços em seu pescoço. Suas mãos começaram na minha cintura, mas logo estavam na minha bunda. Eu rebolava, e te provocava no ritmo da musica. Levantei com muito custo do seu colo, fiquei de costas pra você e continuei a dançar. Meu corpo clamava por você. Quando eu voltei a sentar de frente em seu colo, com um toque suave você abriu meu sutiã, eu só percebi quando ele escorreu pelos meus braços. Você sorriu descaradamente. Levantou comigo em seu colo, me jogou na cama e meu sutiã foi longe. Nos ajeitamos na cama, eu por baixo ofegante  por causa da dança. E você de tesão. Me beijou com vontade enquanto toca meus seios com delicadeza. Minhas pernas prendiam você em cima de mim. Não demorou muito para estarmos na mesma situação: completamente nuas. Sua boca em um dos meus mamilos, e sua mão em minha intimidade me faziam delirar. Grunhidos e pequenos gemidos saim da minha boca. Eu já estava em outro mundo quando desceu beijando minha barriga lentamente e me olhando, parou quando chegou na minha intimidade. Minhas pernas se abriram automaticamente, você sorrio. Piscou pra mim, e eu balancei a cabeça positivamente, sorrindo. Sua língua tocou meu clítoris com delicadeza. Respirei fundo e segurei a respiração. Os movimentos de vai e vem começaram lentamente.
— Isso... - solto um gemido abafado - agora um dedo.
Meu pedido foi atendido. Me penetrou com um dedo, e intensificou os movimentos com a língua. Fui ao delírio. Minha mãos foram diretamente as suas costas, te arranhei com vontade. Entre gemidos e sussurros do seu nome, cheguei ao clímax.
— Vem cá... - falei baixinho, com a respiração um tanto quanto ofegante.
Você se deitou do meu lado e em questão de segundos eu estava sentada em seu colo. Você me olhava com ternura e desejo. Comecei a beijar seu pescoço, e fui descendo até chegar em seus seios. Abocanhei um deles e passei a fazer movimentos rápidos e delicados com a ponta da língua, revezando com leves chupadinhas. Suas mãos estavam entrelaçadas em meus cabelos, dessa vez amarrados num coque alto. Parei por um instante e te olhei, deslizando lentamente pela cama. Você pôs a mão nos olhos e sorrio. Passei o dedo indicador em sua intimidade lentamente, do fim ao começo, queria sentir seu gosto. Logo em seguida entrelacei meus braços as suas pernas, fui me aproximando lentamente da sua intimidade, comecei distribuindo beijos em sua virilha e depois fiz o mesmo que fizera com o dedo, do fim a ponta só que com a língua. Passei a fazer movimentos circulares e delicados na ponta de seu clítoris, depois o abocanhei com desejo, dei leves chupadinhas e passei a fazer movimentos de vai e vem, ainda lentos. Ouço seus grunhidos, fico levemente arrepiada. Você puxa meu cabelo com receio, segura a respiração e eu te sinto pulsar.
Vou parando com os movimentos pouco a pouco, e volto deslizando sobre seu corpo quente. Você coloca a mexa que se desprende do meu coque atrás da minha orelha e me beija. Essa noite rendeu muito mais que isso.

_Larissa A.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Sou uma boa sonhadora
Isso deveria ser uma profissão
Faço isso tão bem
Sonho com você
Todo instante
Te quero
Muito mais
do que
você imagina.
Eu imagino
muito
bem.
Você
e
eu.
Sempre
com um
sorriso no rosto.
Gosto da sua presença
e de como mexe no meu cabelo
Quero parar de sonhar
A não ser
que seja do seu lado
Pode ser
de manhã
ou noite
não me importo
se for a tarde.
Enquanto isso
não acontece
continuo sonhando
sozinha
com a sua
companhia.

_Larissa A.
As vezes a vontade é maior que os recursos. Estou aqui, com o peito clamando por inúmeras coisas. Inclusive escrever. As coisas não estão saindo como eu queria. Inclusive esse texto. Queria um mimimi meloso, cheio de palavras engraçadas e fofas. Aquela coisa de gente apaixonada sabe? Pois bem, eu não. Como sempre, estou uma confusão só. Não sei por onde começar a me arrumar, não se devo dar espaço pra ela entrar. Ser intensa não é bom, um olhar significa muito. E a sua cabeça passa a ser uma tela de cinema, onde os beijos e abraços se repetem durante todo o dia. Não é bom. Alimenta algo que você não sabe se deve dar o que comer. Não é bom pois logo em seguida vem a insegurança, e te afunda numa neura gigante. Você se perde e fica como eu. Viu só? Eu queria mimimi e frufrus no meu texto, mas acabei como sempre. Me lamentando por algo que ainda não tenho.

_Larissa A.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Só,

somente.

Só,

e ponto.

Só,

o pó

restou.

Só,

isso,

só.

E só,

estou,

só,

porque

só assim



consigo ser

companhia.

_Larissa A.
É aquela fase, sabe? Me deixa fazer drama, dizer que estou feia, nada combina comigo, nada da certo pra mim, e você só concorda, ok? É nessa fase que eu não me amo, não me conheço, não quero nada e nem ninguém. E você, shiu, calado!

_Larissa A.

Porque eu sou tão confusa?

(Pergunta retórica)
Gosto de ser diversa, me diversificar, versificar, conversar e declarar. O que será que esta acontecendo? O verso ficou só, e eu fui ficando cada vez menos eu.

_Larissa A.
Estou distante até de mim, quem dirá dos outros. Estou construindo uma barreira involuntária. Eu quero apenas a minha presença. Eu quero lembrar de fato quem eu sou. Depois pensar quem eu quero. Ando me limitando muito, isso me incomoda. Quero saber porque isso está acontecendo. Mas que saco! Eu sinto falta de mim, e você? Não, não estou perguntando se sente falta de mim, é óbvio que não. Estou querendo saber se sente falta de você? É uma sensação horrível. Estou me apropriando do meu antigo codinome, sim, estou incompleta. Não gosto de disso. Do que é que eu gosto mesmo? Hm...
Eu realmente preciso de mim, e somente disso.  

_Larissa A.

Salvar novas atualizações?

O tempo passou e levou tudo com ele. Mudei. Não estou como estava. Ela se foi com ele, e não me dói dizer isso. Que mudança, não? Canso de dizer que estou cansada, será que as pessoas não entendem isso? O texto é o mesmo, o que muda são os atores e suas interpretações. E esse texto, eu sei de cór e salteado. "Eu também sou insegura... Não quero me apegar... Mas eu gosto tanto de você...", não me venha com essa ladainha, papinho enrolador, tocador de fita, eu não quero ouvir. Cansei de palavras, e palavras, e apenas palavras. Eu, como boa amante da escrita, sei o seu poder. Elas não devem ser jogadas assim, sem significado, só jogadas. São como flechas, vão e não voltam, o alvo as absorve e armazena. Seu alvo foi certeiro, me atingiu em cheio, ainda está tudo guardado aqui. Me considero um grande arquivo, guardo minhas memórias, há sempre o que aprender, não repita o motivo das suas lágrimas. Lembranças não devem ser doloridas, o que dói a gente joga fora, comigo eu só quero coisas boas, o que me fez crescer e ser o que sou. Hoje. Assim como tempo, eu estou em constante mudança. Amanhã já não serei a mesma de hoje, algo terá sido acrescentado, ou tirado. Depende do que o tempo agarrar, depende do que o vento me trouxer.

_Larissa A.